quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Capítulo 2

                             
  Entrou vários alunos na sala e começou a aula. O Ângelo se apresentou, mas muitos alunos já o conheciam. Eu não conhecia ninguém que estava nessa sala, porque mudei o horário do meu inglês por causa da Fisioterapia...
   Mal percebo, e já acabou a aula. Foi rápida e legal. Me preparo para ir andando sozinha até o ponto de ônibus para pegar o ônibus e ir para casa.
    Ano passado, quando eu ainda não estava em uma cadeira de rodas, sempre depois do inglês eu ia no clube com o meu pai. Lá eu fazia academia e depois jogava futebol com os meu amigos, coisa que não consigo mais fazer agora.
    No ônibus, tinha uma meninas que ficavam rindo e olhando para mim o tempo todo. Eu fiquei muito mal. A culpa não era minha que eu estava em uma cadeira de rodas, e elas não tinham nenhum direito de ficarem rindo de mim!
    Mas como existem pessoas más nesse mundo, existem também pessoas boas, como o homem que sentou ao meu lado e que agora está me ajudando a descer do ônibus. Desço do ônibus e pego o caminho para a minha casa.   
 No caminho, para um carro do meu lado e vejo que é o meu irmão, Lucas. Ele pergunta:
    - Quer carona?
    - É claro que eu quero. - respondo com um sorriso no rosto.
    Ele desce do carro para me ajudar a entrar. Me coloca no banco da frente e guarda a minha cadeira no porta-malas.
    Já com o carro andando, pergunto:
   - Lucas, o que aconteceu? Você está diferente.
    - Eu terminei com a Marcelle. - Marcelle era sou namorada a mais de 3 anos.
    - Como assim terminou? Vocês se amavam tanto e namoravam à tanto tempo... 
    - Chegamos! - disse Lucas mudando de assunto.
    Entro em casa e vou logo fazer um lanche, eu estava morrendo de fome. A última vez que comi foi no almoço, e agora já eram 19:15.
    Depois de comer vou direto para o meu quarto me preparar para amanhã. Porque além de amanhã ser o primeiro dia de aula, será também o meu primeiro dia de aula com uma cadeira de rodas. Não sei como os meu amigos e as pessoas da minha escola vão reagir. Tenho medo.    
Deito-me na cama e rezo. Que amanhã seja o que Deus quiser.