domingo, 19 de fevereiro de 2012

Capítulo 10

   
     Abri os olhos, olhei no relógio; 07:30. Saí correndo da cama para me arrumar, pois a aula começava às 8:00. Botei um biquíni, tomei café da manhã e fui toda animada para a praia. 
     Quando cheguei lá, uma homem alto, bonito e de olhos claros nos recebeu, minha mãe e eu. Ele explicou como funcionava o surfe para deficientes e do que eu precisava para pratica-lo. 
     Chegou a hora de entrar no mar, eu estava nervosa, mas muito feliz. Foi maravilhoso. Sentir a ondas do mar baterem no meu corpo... Faz muito tempo que eu não me sentia assim. 
     Depois dessa manhã maravilhosa de domingo, saímos da praia e voltamos para a cidade. Eram quase 17 horas e liguei para Carlos para ver se ele queria ver o jogo do Vasco aqui na minha casa. Nós dois éramos dois vascaínos fanáticos e não perdíamos um jogo do Vasco. E foi por eu ser tão fanático que atualmente estou em uma cadeira de rodas...
     Carlos me disse que não poderia vir na minha casa porque tinha umas coisas importantes para resolver. Então eu assisti ao jogo sozinha, pois meus pais tinham ido no mercado fazerem compras. Minha não se interessava muito por futebol, por isso não fazia questão de vera jogos. Já meu pai gostava bastante de passar um domingo vendo jogo, só que depois do acidente, o futebol passou a ser um dos seus hobbies menos preferidos.
     O Vasco ganhara o jogo contra o seu maior rival, Flamengo, de 3x1, e isso meu deixou feliz. Fui dormir porque amanhã começava mais uma semana.
     Já se passaram 7 messes desde o acidente, e agora eu já conseguia fazer muitas coisas sozinha, porque a maioria das coisas na minha casa eram adaptadas.
     Acordo com o meu despertador marcando 06:30. Arrumo-me e vou para a escola. Encontro com Carlos e lhe conto como tinha sido o dia anterior e a minha primeira aula de surfe. Ele ficou feliz por mim, mas eu pude perceber que alguma coisa estava diferente nele. Eu não sabia o que era, nem imaginava o que poderia ser. 
     - Carlos, você quer ir lá em casa hoje? - digo.
     - Ah, desculpa, mas não vai dar. A minha mãe vai sair hoje de tarde e eu tenho que cuidar da minha irmã pequena. 
     - Ta bom então. - digo sorrindo, mas a sua resposta não me convenceu.
     Chegando em casa, o meu celular toca:
     - Oi!
     - Oi Elisa, o que foi? - pergunto.
     - Vamos no cinema hoje, Bianca?
     - Eu ia estudar com o Carlos hoje, mas ele não pode. Então ta bom, vamos. Passa aqui em casa que o meu irmão leva a gente.
     - Ok, já estou indo aí. -diz Elisa desligando o telefone.
     O meu irmão não ficava muito em casa, de manhã ele cursava faculdade e de tarde sempre estava cheio de trabalhos para fazer. Mas sempre que eu pedisse, ele me levava nos lugares que eu queria. Elisa tinha acabado de chegar na minha casa e fomos para o shopping.
     Enquanto estávamos no carro, eu me lembrei de uma coisa, e perguntei para meu irmão:
     - Lucas, porque mesmo que você e Marcelle terminaram? Vocês eram tão fofos.
     - Ela me traiu. - disse ele com uma voz fria. E não perguntei mais nesse assunto.
     Chegamos no shopping.
     - Que horas é o filme? - pergunto.
     - 15:30. - respondeu Elisa.
     - Então dá tempo de nós pegarmos um milkshake no Bob's. - e fomos para a praça de alimentação.
     Saindo do Bob's com o nosso milkshake, Elisa diz:
     - Bianca, não olha para o lado.
     Eu, curiosa, olho para o lado e ...

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